domingo, 10 de outubro de 2010

Samambaia, como não ser uma

Hoje eu assisti "comer rezar e amar". Já tinha lido o livro, assim que foi lançado be antes de se tornar esse furor todo. Não achei nada de excepcional, fora o ator que faz papel do brasileiro que é um pitéu, mas nem isso é novidade porque ele sempre foi um pitéu. Um filme gostoso de ver. Mas não me revelou nada que eu já não tenha pensado, repensado, tentato ou discutido com amigas na cozinha de casa. 
De qualquer forma é um filme bem gostosinho. Adorei as roupas bicho grilentas que ela usa. Adorei, particularmente, uma sandália tipo gladiador que ela usa em Roma. Achei a cor do cabelo da coitada uma coisa bem cafona.
Saí do cinema com um formigamento na alma, uma vontade de visitar o mundo, pisar em outras areias, experimentar mais coisas. Ter muitos carimbos no passaporte. Senti uma inejinha de quem faz isso na vida. Conhecer lugares e pessoas.
Mais. Sim, eu quero mais. Será ganância demais de viver? Será que quero muito?
Acho que não.
Na idade que eu estou o momento é agora. Se esperar demais eu caio do pé, por excesso de amadurecimento. Podre ainda no tronco da árvore.
Não, isso não é meu destino, nem nunca foi.
Tenho medo disso: não fazer nada além de ir vivendo, como uma samambaia que cresce na sala, sendo regada periodicamente e tomando o sol da manhã pelo vidro da janela.
Não quero ser uma samambaia.. Tem gente que quer. Eu não quero.
Verde nunca me caiu muito bem.

Um comentário:

N. Calimeris disse...

Nossa, totalmente meu momento agora. EStou rebelde. Deu pra perceber pelos textos, né? Quero romper na vida. Nada de ficar olhando pela janela os outros tomarem conta. Meu filho me perguntou hoje: por que você desistiu do seu sonho? Caralho, foi foda. Aí, eu lembrei o que era. Ser escritora num país que ninguém é muito bom de leitura. Mas vale a pena??? Vou encarar. Só falta achar o tom certo do livro.