segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

por favor, não me levem a sério

Eu nunca pensei que o que escrevo aqui poderia ser levado a sério. Nunca foi minha intenção ser levada a sério em um blog. Muito pelo contrário, eu queria mais era botar pra fuder, soltar minhas maluquices todas sem me preocupar em ser coerente, lógica, sábia. Eu queria era me divertir e botar os meus sapos e serpentes pra fora. Só isso.
Há dois anos eu escrevi esse texto que tem como título " Como se libertar de uma paixão". Tinha uma moça muito da maluquinha que me enchia o saco por ciúme de um ex que veio a ser um namorado meu e eu me divertia escrevendo textos absolutamente sacanas toda a vez que ela me provocava.
Era uma tiração de sarro com a moça e com a situação toda e no fundo, por alguma razão misteriosa, eu tinha até um certo carinho por ela, tanto que dedicava meu tempo escrevendo em homenagem a sua incansável procura do amor perdido. Neste texto ela comentou assinando como Felipe Seixas e isso deu mais pano ora manga. Ela também tinha um blog, chato como ela, que só ficava divertido quando ela me respondia as baixarias, me xingava de lá, eu inventava uma história de cá e assim a gente ia. Eu desenvolvia minha capacidade criativa e meu espírito de porco. E ela podia expressar sua frustação usando minha pessoa como a personificação do próprio demo. Uma troca justa, eu acho.
Assim nasceu aquele texto.

Posso garantir que não tenho envergadura moral alguma pra escrever e ser levada a sério quando o assunto é a paixão ou amor.
Amei criaturas completamente idiotas que hoje, quando lembro, me dá uma vergonha danada. Já amei homem burro e naõ é burrinho. Era burro mesmo. Homem grosso, homem safado, homem sem caráter, homem sem moral, homem que escrevia errado, homem gordo, baixo, e tudo quanto é jeito. Já reagi das piores formas ao fim desses amores todos.Cruzes, fiz tanta merda. Bati em gente, em homem, em mulher, dei barraco, tomei porres homéricos por dor de amor, chorei copiosamente enquanto cantava aquela música que me machucava por dentro, passei muitos meses sem permitir que homem algum chegasse perto de mim porque eu achava um sacrilégio outro homem perto de mim, mesmo quando a relação acabou. Foi com aquele que era burrinho, mas, puxa vida, como eu gostei daquele cabra!
Eu sofri e sofro como todo mundo.
Não tenho respostas. Muitas vezes nem sei que pergunta fazer. Perdida, perdida como um monte de gente.
A única coisa que eu sei é que viver inclui sentir dor. Dos mais variados tipos de dor. Já senti muitos tipos de dores e isso não me torna PHD em amor. Sou só mais uma entre tantas.
E o que eu escrevo aqui são só coisinhas. Minhas coisinhas. Muitas dessas coisas são completamente surreais, como aquela frase que eu digo que tenho tara por anões bezuntados na manteiga! me parece tão óbvio que é uma piada! Mas tem gente que me liga só pra avisar que viu um anão ajeitado!! Gente! É uma piada!!
Como é uma piada o texto da paixão. Uma piada com fundinho de verdade, mas ainda uma piada.
Não me levem a sério porque não quero ser responsável por um monte de gente com pneumonia por ter seguido meu conselho de sentar em uma bacia com gelo para anestesiar o rabo e esfriar os hormônios do tesão.
É isso, gente. Não me levem tão a sério por aqui.

9 comentários:

Unknown disse...

eu não levo vc a sério,mas vc escreve que nem a porra!!escreve como a peste!

Tatiana disse...

Rodrigo,
Você é uma pessoa muito gentil.
E " que nem a porra" é coisa pra Saramago ou Jorge Amado, mas agradeço a delicadeza.

Carô disse...

Seu resfriado... tem a ver...?!? (hahahahahahahahahahahaha). Não resisti :-D

Unknown disse...

Claro, né?!

Zénérso disse...

Levaremos você a sério, sempre. E cada vez que ver um anão ajeitado vou me lembrar de você - Hum! esse tá na medida pra Tatiana besuntá-lo! Agora, homem grosso, homem safado, homem sem caráter, homem sem moral... Você se referia a um só? Ou a todos?

Tatiana disse...

Zénerso,
Essas características estõa espalhadas por homens distintos. algusntem isso tudo junto. Outros, só uma coisa ou outra.
Eu digo que não posso ser levada a sério. Meu passado me condena.

Zénérso disse...

Sem querer me prolongar demais: os homens todos tem um pouco - ou muito - dessa lista de defeitos. Alguns acham que é qualidade. Agora, levo a sério a loucura, os ataques, mesmo que insanos, de riso ou ira ou paixão ou tpm ou gripes recheadas de melecas e dramalhões mexicanos... Já que acho que o passado condena a todos. E o que importa?

N. Calimeris disse...

Que momento abençoado o dia que achei seu blog por conta da última tatuagem que fiz!!! Talvez, justamente por ser tão humana como nós, a gente se identifique tanto!

Tatiana disse...

É. Humana eu sou.
Beijos, querida