domingo, 2 de agosto de 2009

A maldição do rego

Já estava quase explodindo aqui em casa. Terrível esse negócio de perder a voz. Escrevo, escrevo, escrevo como uma enlouquecida. Daqui a pouco eu vou contar minha vida inteira, falar o que não devo, contar abrobrinhagens...tudo porque estou aqui, assim.
Não fico calada nem sem voz!
Fico sussurrando por aí, fazendo mímica, escrevendo em guardanapos de papel.
Resolvo sair de sopetão, ver o show do João Arruda la no Centro de Convivência. Vamos eu e Silvia e quase morro ouvindo o público todo cantar junto e eu lá, fazendo mímica para, caso a câmera da gravação do dvd me pegasse, eu pelo menos pareceria que estava cantando junto. Tava nada! Tava mudinha fazendo ahan, aham, aham.
Ser uma cantora muda é foda!
Saimos de lá e decidimos ir ao Habbib's. Péssima idéia. Demorado pra cacete. Feio. Meio sujo.
E ele. Ele que me estragou a noite.
Um moço de blusa verde piscina, bem justinha e um rego, um rego que era um canion de tão grande. Um buraco negro. Aquilo era a coisa mais indecente que eu vi em toda a minha vida.
Um homem grande, gordo, de camisa verde piscina, com a boca cheia de esfiha e um cofrinho daqueles, incomensurável, aquilo não era cofrinho: era o rede do Bradesco toda! Aquilo era um escândalo!
Eu tentava desviar o olhar, mas não dava. Cada hora que ele se movia, aquela bunda imensa, branca e gorda aparecia ainda mais. Pior que filme de sacanagem!
Silvia teve umataque de loucura e desatou a rir. Atrás da gente uma mesa com cinco mulheres, tipo mulher caminhoneira, às gargalhadas. Um moço que estava bem atrás da mesa do outro com o cofrinho de fora, estava segurando o riso, fechando a boca pra não vazar barulho. O coitado sozinho na mesa, de cara para aquele túnel, aquele fim de mundo que era o rego do gordinho, não estava dando pra segurar.
As moças caminhoneiras rindo tão alto, Silvia descontrolada, o outro cara da mesa tendo um treco, o "enregado" todo feliz, nem percebendo a confusão que causava, mas com aquela reação em massa ele iria perceber e iria dar merda. Nem gritar por socorro eu posso!
Gente, era um cofrinho tão grande que caberia uma mão ali dentro!Não to exagerando.
Aquilo me tirou o apetite, a vontade de comer, de ficar ali, o serviço demorava, o rego não ia embora de jeito nenhum, feliz da vida comendo as suas milhares de esfihas, eu agoniada com aquela visão, chocante demais, aquele bundão imenso ali, exposto, uma coisa meio que ingenuamente escrota e indecente.
Fui embora o mais rápido possível e tô meio que traumatizada. Fecho os olhos e vejo o que?
Aquele bundão e eu, muda, sem poder pedir ajuda.
Visão dos infernos. Pesadelo acordada.
Vou dormir...quem sabe esqueço...pelo menos dormindo, fico calada!

5 comentários:

claudia lyra disse...

guela de lobo horrorooosooooo!!!!

claudia lyra disse...

guela de lobo horrorooosooooo!!!!

claudia lyra disse...

saiu duas vezes!!! Deleta um aí, please, hahahahaha...

figbatera disse...

Que coisa mais ridícula, hein, Tatiana?!

aline. disse...

antes de dormir, REZA. não vai sonhar com o abismo..