domingo, 14 de dezembro de 2008

Minha amiga que vou chamar de Ana é uma mulatona com quase um metro e oitenta. Seu coração é completamente proporcional à sua pessoa.. Divertissíma, super espontânea e parece que tem o dom de atrair situações estranhas.
Chegou na casa de outra amiga já meio calibrada para dar uma carona e seguia dirigindo feito louca pelas ruas. De repente, viu uma árvore completamente florida na frente de uma casa de esquina. Resolveu, de súbito, freiar e o som dos pneus chamou a atenção do dono da casa que estava fechando o portão eletrônico.
Deu uma ré barulhenta, abriu a porta com força e, toda animada com o efeito do álcool, berrou pra ele, disse toda saltitante em direçlão ao homem:
-Posso roubar suas flores?
Talvez o susto do barulho da freiada, da ré, e, talvez, aquela figura super animada falando sem parar fez com que ele não entendesse o fim da frase, só compreendedo a parte do " roubar".
O homem apavorou!
-O quê? - berrava de volta - Assalto? Roubo???
Nessa hora um carro chiquérrimo chega pra entrar na casa. O homem vendo que o carro era do filho dele, começa a berrar também:
-Bruno! Bruno! Vai embora , Bruno! Vai embora!
Ana vendo o homem desesperado daquele jeito, se assusta também. Alguma coisa deve estar acontecendo!!
A outra amiga dentro do carro berrava também:
-Volta, Ana! Volta pro carro que o Bruno pode estar armado! Volta!
E foi uma correria só. Bruno demorou pra entender o que está acontecendo mas assim que entende, arranca o carro. O homem corre pra dentro de casa e Ana corre, dando aqueles gritinhos de mulher viada, e sai voando pelas ruas.
Não entende nada do que aconteceu e pergunta, toda inocente:
-Será que eu não estou bem "apessoada"?

Eu ouvindo essa história, morrendo de rir, fiquei imaginando o tal cara contando pros amigos o ocorrido:
" É gente, o mundo tá perdido mesmo! Você acredita que quase fui roubado por uma gangue de muheres? Pois foi. Me pegaram na hora do fechamento do portão, pior momento mesmo! Fragilidade total. Pra piorar a situação, Bruno chegou na hora. Berrei mesmo. O instinto de pai falou mais alto do que o medo porque era uma negona, mas uma negona imensa, fortíssima. Devia estar armada mesmo, uma bando de mulher perigosa, maloqueira, na maior cara dura querendo me assaltar. A violência urbana é o pior mal da nossa cidade hoje! E eu dei sorte, porque se ela parte pra cima de mim, eu estava frito. Muito grande aquela negona!"


E eu ri com essa história até chorar!

2 comentários:

Vivien Morgato : disse...

kkkkkkkkkk...nada como uma linha cruzada, heim?
Nesse caso, com um toquezinho racista do tal dono das flores...rs
beijos.

N. Calimeris disse...

Realizei dois sonhos de consumo este mês: meu notebook, que pesa uma tonelada para levar na mochila e vou fazer psicologia. Agora, espero que não falte mais nada porque não rola mais grana.