algumas canções que são phoda!

Cantar é um dom. Tocar um instrumento já requer um tantinho de dedicação. E eu to aqui dedicada!
Resolvi pegar umas canções mais complexas harmonicamente.
Guiga, já posso dizer que toco direitinho seu Catavento e Girassol. Além de cantar, é claro. Baião de Lacan mantêm-se arranjada para dois violões, além de Coco do Coco que eu já tocava. Chá de Panela, Choro pro Zé, Canibaile. Tudo vindo pra pontas dos dedos. Bonito, cara! Vai demorar pra ficar lindo, mas vai ficar honesto.
Beatriz, de Chico e Edu Lobo, é uma música dificílima de cantar. Graves profundos e agudos de respeito. Tô cantando e tocando. Bem bunitinho.
Lavoura, que a Roberta Sá canta. Lindo violão. Já aqui.
Algumas harmonias que eu tocava de forma simples, estão mais complexas, mais elaboradas. Me deu vontade de dar uma atenção ao instrumento.
E isso me dá uma gana nova porque poder cantar e tocar, sem depender de ninguém, é uma benção.
As cantoras que somente cantam sabem bem o que é isso. Depender de um cara pra te acompanhar é o ó. E eu posso escolher ter ou não alguém me acompanhando. E o melhor, quem leva o som sou eu. O cara realmente acompanha. Tem que ir na minha, senão vira o samba do criolo doido!
Se a grana é boa, eu posso chamar alguém.
Se não tô a fim de ficar só, convido alguém.
Mas se não puder, se não quiser, eu resolvo muito bem.
E não é musiquinha com três, quatro acordes, blém blém blém. Não, senhor. Musicão. Música porreta. Música com groove. Música de responsa. E não são canções batidérrimas. São canções pinçadas, escolhidas a dedo, o belíssimo lado B que merece ser ouvido e mostrado.
Isso se chama autonomia.
Uma coisa preciosa.
E eu tenho.
Oba!