quinta-feira, 20 de março de 2008

Eu? Exemplo? ´Magina...

Fiquei pensando nessa coisa do exemplo.
É verdade. Não sou exemplo pra ninguém.
Não tenho bondade infinita, não tenho amor incondicional, não tenho paciência tanta, não sou um poço de candura, muito menos tenho tanta paz no meu coração.
Em algumas madrugadas, meus monstros batem à minha porta.
Algumas manhãs nascem cinza mesmo que o sol doure tudo.
Quem sou eu pra ensinar, pra mostrar, pra indicar?
Sei porra nenhuma.
Sei de mim e olhe lá!
Olhe lá porque tem horas que nem eu me entendo, que nem eu me aguento.
Acho presunçoso demais quem acredita que é farol de verdade para outro alguém.
Eu posso ser porto. É, porto eu acho que posso ser, mas ser farol é demais para mim.
Claro que tenho minhas qualidades mas muitas delas são fruto de uma necessidade básica de sobrevivência. Sou forte, sim sou. Mas sou forte porque eu não tive quem ficasse me paparicando. Se vira, criatura. E eu me virei.
Sábia? Magina..cada merda que eu faço. Lampejos de lucidez? Claro, mas todo mundo tem.
Mas não quero ser exemplo pra ninguém.
Eu to aqui, atentíssima a minha alma, a minha pessoa, ao meu coração.
Você aí, você aí pense muito bem em sua vida, não se espelhe em mim, porque eu não tenho moral nenhuma pra nada.
Só sou uma mulher tentando ser melhor. Uma mulher comum, como tantas por aí.
Não venha atrás de mim porque eu nem faço idéia pra onde tô indo. Só sei que vou.
Mas nada!

2 comentários:

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Ser referência é um saco. Aliás, é um castigo. Tolhe a liberdade da gente e a dos outros também. O legal é cada um achar o seu caminho. Sem essa de farol. Farol limita.

Tatiana disse...

não é?