sexta-feira, 12 de maio de 2006

O Dia das Mães se aproxima e eu reflito sobre ser mãe. Não ser mãe assim, generalizado. Penso sobre o " ser mãe" meu, particular. Eu, como mãe. E fico tão impressionada pelo que eu vejo em meus filhos.
Sempre irei perguntar aos meus filhos "o que não fiz por vocês, meus filhos? Onde falhei? Onde perdi a chama que acende a lamparina dos seus olhos? Fui um farol que ilumina o caminho ou fui um foco de luz que cega e atordoa?"
Ou então perguntarei olhando meus filhos cuidando de seus próprios filhos " o que de mim trazem aí, que passou para aqueles miúdos que correm por minhas pernas cheia de varizes e histórias para contar. É...vovó deixou marcar em muitos caminhos...É vovó foi do balacubaco!!!

Toda mãe marca em brasa seus filhos. Para o bem ou para o mal porque eu não acredito que a maternidade isente toda a maldade da alma feminina. Mãe erra e erra feio!

Minha mãe deixou em mim a marca da batalha. Minha mãe foi, durante muitos anos, a minha imagem de mulher guerreira, a felicidade de sair para trabalhar, a risada solta, a irreverência, a jovialidade. Essa foi minha mãe legal.
A mãe mala sem alça e de rodinha berrava com a casa desarrumada porque o que estava desarrumada era a vida dela. Jurei que não descaregarei em meus filhos as minhas maluquices.
A minha mãe foi um chantagista muito boa, mas como eu fui morar sozinha muito cedo desenvolvi uma capa protetora contra a chantagem materna. Fiquei imune e me senti o máximo quando descobri isso. Mas era mentira, porque lá no fundo eu caía no velho jogo só que fingia direitinho. O jogo dentro do jogo.

Todo mundo que já sentou a bunda em um divã já falou da própria mãe. Mãe pode ser uma grande de uma merda na vida de alguém.

Meu pedido de dia das mães do ano de 2006 é que eu não seja uma mãe que foda de verde a amarelo a cabeça dos filhos. E pode ser que eu até não foda cabeça nenhuma, a cabeça deles pode se foder sozinha e colocam a culpa em mim, a mãe. Muito óbvio e injusto.
Mas o que eu peço é isso. Meus filhos equilibrados sabendo serem felizes nas esquinas da vida!
É isso.

Mãe, beijinho pra você!
Muito do que sou, devo a você. E acredito que a minha melhor parte veio de ti.
Obrigada.

Um comentário:

Vanessa Anacleto disse...

Parabéns!!!