quinta-feira, 18 de maio de 2006

6 comentários:

Anônimo disse...

HEI!...não lute, seja fraca tanto quanto puder, desabe...chore dormindo, acordada, chore muito, chore tudo, o que passou e até o que virá............depois levante das cinzas como a Fenix, o que você por um momento esqueceu que é. Com certeza um exército de formigas vai te acolher até passar o inverno.

Anônimo disse...

Qual é TATÃO????tem PEITÃO prá que????

Anônimo disse...

Qual é TATÃO????tem PEITÃO prá que????

Anônimo disse...

Para a Tatiana, na sua tristeza que há de passar
18/05/2006
(Na redação, mas com Piazzolla nos ouvidos)

Tristeza, coisa morna, mórbida e redundantemente triste. Que te pega quando você menos sabe, vê ou se permite. Que marca como ferro quente, como se o mundo nos apontasse de dedo em riste. Um misto de madrugada perdida e dia ausente, onde pouco se vê no nada que é o próprio espelho da gente. Coisa que nos enche de rios e mares internos que resolvem jorrar de uma hora para a outra, nos olhos diante da realidade ali em frente.
Tristeza, essa coisa sem rota, disforme e imaginária. Mágica, mística, metódica, milimétrica. Que habita em cada gesto, em cada sorriso sem jeito, em cada beijo negado. Que nos traga em ilusões para o nada. E faz-se de partida e chegada. E nos deixa assim: seres sós, esquecidos numa gare qualquer, sob a luz da tarde, a esperar o fim da tristeza, que arde. E nos leva para longe, limita toda a verve a um único solilóquio, como fossemos um ser imberbe, um desvairado e lúdico louco.
Tristeza, essa coisa teatral, sozinha num palco à espera de uma estréia que faz-se inexistente, surreal. Personagem de uma tragédia mordaz. Sem heroína, sem vilão, sem cartaz. Apenas nós. Nós e ela, a tristeza: triste e fugaz. Senhora enfadonha de um fado sem autor, sem público, sem fé. Sonora a calar-se no silêncio que nos evoca as mais rotundas entranhas e muda aos gorjeios dos pássaros, ao riso das crianças, aos sonhos da esperança.
Porém, como todo o porém que a cada esquina se mostra, ela também é finita (querendo um ser, ser). E por isso, assim como chega num repente, um dia se vai, fechando a mesma porta, quem sabe, agora, meio torta. Poetisa das suas últimas angústias e suas lamúrias. Senhora das derradeiras blasfêmias, como se a Terra não fosse o lar das mais efêmeras fêmeas.
E fica o entardecer se pedindo ainda quente.
O luar que sombreia as nuvens de prata e retórica.
O frio da noite que se aninha no calor dos corpos e copos.
E uma nova madrugada volta tardia e vadia. E abre-se única e definitiva, definhando a tristeza agora proscrita.
E tudo termina como um conto, uma música, um poema em fonema ou a inviável sina: a emoção da mulher no corpo da Tatiana menina.

Cuide-se. Tudo passa. Você fica.
Do amigo
Ronaldo Faria

Anônimo disse...

As frases lá do Espasmo são reais, Tatiana.
Olha, está chegando a hora de falar com você. Sabe, acho você uma pessoa especial.
E seus filhos, seu grande amor? Tudo bem?
Se você trombar com o picareta do Bruno Ribeiro, dá um abraço nele por mim.

Te gosto.


Geraldo

Tatiana disse...

Voce me faz chorar, Ronaldo.
Mas, infelizmente, como já disse um outro poeta, até beijo de novela me faz chorar atualmente.

Obrigada