percebo que estou no limite da sanidade quando:
- resolvo fazer faxinas desnecessárias
-tiro todas as folhas secas de todas as plantas de todo o jardim
- dou banho em todos os cachorros, sabendo que não tenho nenhuma coleira para segurá-los e nenhum pano seco para secá-los
-tenho arroubos de felicidade que me obriga a dançar a macarenha no meio do meu quintal na frente de meu vizinho que passa no portão
-converso com Tila, minha cachorra mais fedorenta, que mesmo depois do banho continua cheirando a pano de chão úmido assim: quem é a fedorenta da casa? quem é a cachorra mais abestalhada, quem?quem? quem é a neném da família? quem é? quem é????
Pego os braços (?) de Tila e tento ensinar a macarenha pela cozinha. Ela geme e dá um sutil rosnado afetuoso, enquanto morde levemente meus dedos.
Carrego ela no colo ( deve pesar uns 30 quilos, a gorda) como se fosse um bebê, sacudindo de um lado para o outro, escorrego, caimos no chão e eu continuo: quem é a cachorra fedorenta da casa? quem é que tomou banho hoje?Ê Ê Macarenha!!!! Ê Ê Macarenha..quem é? quem é? O tom de voz cada vez mais agudo, a cachorra fica doida também, tenta levantar, escorrega no chão ca cozinha e eu berrando Ê Ê MACARENHA MACARENHA MACARENHA!!!!!De quatro no chão, cabeça pra baixo, bunda pra cima e junto minha testa na testa da cachorra, assim olhos nos olhos, ê ê MACARENHA, É MACARENHA MACARENHA, como um dueto americano, eu olho pra ela, ela olha pra mim, ê ê MACARENHA, É MACARENHA e levo uma profunda lambida na boca e saio cuspindo para o banheiro a tempo de ver minha cachorra lambendo o próprio cu.
Fiquei boa na mesma hora.
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