terça-feira, 30 de agosto de 2011

minha casa e minha alma andam juntas

Como boa taurina que sou preciso de ter meu canto, meu porto.
Agora, mais que nunca, eu senti na pele a importância de ter o refúgio quando parece que o mundo todo lá fora despenca. Muita gente passando por momentos difíceis, sofrendo por uma razão qualquer, padecendo só ou partilhando suas dores.
Eu também.
Mas minha casa é aquele local mágico onde eu resgato meu equilíbro. O presente que é ter esse quintal imenso, a possibilidade de olhar o céu, tomar banho de sol, de mangueira, mexer na terra, plantar minha horta de ervas, ver as flores brotando no meio do caos do mundo. Os filhotinhos correndo, brincando felizes na terra vernelha. a gata caçando e usando seu instinto sem vergonha alguma. Os velhos e novos cachorros cuidando de mim.
Meu jardim secreto é minha casa toda.
Me pego passando a mão pelas paredes e agradecendo a simples existência dela. Cuido da limpeza não como um fardo e sim como um dengo. Um dengo que chega até a minha alma.

Ando observando as plantas de uma forma nova. Sei que existe sabedoria ali.
Por exemplo, o manjericão me parecia triste. Mesmo verde e lindo, florindo, me parecia triste. De impulso replantei em um vaso amior onde pereceu um gerânio e tinha um solitário pezinho de hortelã, que eu sei que detesta restriçoes de espaço. Tirei o hortelã e plantei direto na terra, ao lado da melissa, do poejo, da arruda e da cavalinha. Replantei o manjericão no vaso imesno de terra preta que segura  bem a umidade.
A lição que aprendi me diz que não adianta manter a beleza repremida, segurada, presa. Soltei o hortelã no chão. O hortelã é como eu, livre pr natureza.
O manjericão me pediu socorro e eu ainda não consigui me desapegar tanto dele e planta-lo direto na terra. Fiz um pequeno acordo até eu encontrar um vaso imenso que seja como um campo livre pra que ele possa crescer feliz.
Eu sou hortelã mas estou majericão.
É...ando observando os ciclos da vida, olhando o céu, ouvindo as cigarras que anunciam que no dia seguinte será dia quente, de sol forte. A lua rodeada por luz diáfana me conta que terá frio seco e essa lua nova que nada ilumina me obriga a calar mais e sentir melhor.
Estou aprendendo a ser erveira, mas isso só é possível porque minha casa me protege e me acalanta. Me deixa ser. E assim eu vou vivendo.
De certa forma, feliz.


4 comentários:

Vivien Morgato : disse...

Minha querida amiga, vc faz poesia com letra, com som e com ervas.
Sinto saudades da minha casa, pois compartilho sua visão...e ela é o meu mais prazeroso refúgio.
Estou há dois meses sem ir pra minha casa.;0(


Mas....dias melhores virão.;0)

Anônimo disse...

Acabei recentemente iniciou um weblog, o conhecimento que você apresenta neste site me ajudou tremendamente. Obrigado pelo seu tempo e todo o trabalho.

Anônimo disse...

ERROU DUPLAMENTE!

Daniela Carvalho Outi disse...

Oi Tatiana, achei o seu blog por acaso e, ao ler esse post, me identifiquei com você. Sou virginiana, também adoro ficar em casa, aonde mantenho uma horta. É muito bom ter o nosso cantinho, né?
Também tenho um blog, se tiver tempo passe para me visitar, bjos
Dani
http://encantes.blogspot.com