terça-feira, 31 de maio de 2011

Chapada dos Veadeiros - Vale da Lua - dia 2

Acordamos cedo e partimos de Cavalcante direto pra São Jorge, distrito de Alto Paraiso e fomlos direto pro Vale da Lua que eu ainda não tinha conhecido.
Aqui também se cobra uma entrada de R$10,00 e tivemos que mais uma vez usar de toda a lábia pra ver se conseguíamos algum desconto. Era uma segunda feira, baixa temporada, pouca grana..usamos de todos os argumentos possíveis.Deu certo.
Para azar nosso era feriado em Goiânia e parece que os turistas goianos estavam todos no Vale da Lua. Foi o lugar com maior concentração de gente entre todos os nossos roteiros.
Para se chegar lá anda-se uma caminhadinhaxoxa, poucos metros em terreno quase plano até se chegar no Vale, propriamente dito. Se não me engano foi nessa trilha que eu descobri que lagartos ou calangos ( como eu chamo) causam medo em algumas pessoas que acreditam que se um lagarto passa por cima de você te passa cobreiro (??). Isso me causou uma surpresa enorme: gente com medo de lagartinho. Muito louco...eu tenho "respeito" por altura. Tem gente que "respeita" calango. É isso aí.
A água estava fria, bem fria mas o sol também fazia sua parte e no fim, um equilibra o outro.
Uma delícia de programa.
Realmente é bem diferente aquela formação rochosa e  foi muito divertido ficar criando explicações para como aquilo tudo ficou daquele jeito.
Teoria Um: chuva de meteoros. Aquelas pedras seriam meteoros, ou seja, era material extraterrestre.
Teoria dois: água mole em pedra dura fez aquilo tudo. Pedra mais porosa, água mais insistente.
Minha teoria: aquilo tudo é coco de dinossauro petrificado. O vale da lua era um tipo de banheiro público pros bichanos.
Adoro essas bestagens.
Uma questão importante de se levantar é que o Vale da Lua é um dos pontos mais visitados da região de São Jorge mas também é um dos mais perigosos. A possibilidade de acidentes é real e já aconteceram alguns que levaram à morte porque se alguém cai em alguma daquelas crateras não consegue subir de volta. Alguns desses buracos são de pedra lisa que não permite apoio algum  e  pra tirar só com corda. Alguém me diga, quem leva metros e metros de corda nessas aventuras? Sem falar na correnteza forte  da água em alguns pontos que arrasta tudo com vontade e das várias pedras que ficam no fundo dos poços.
É um lugar lindo, que parece inofensivo, mas merece o maior respeito.Vacile pra ver uma coisa.





Saindo do Vale da Lua seguimos em direção a vila de São Jorge pela estrada de terra. O carro que um dia foi prata já estava bege e eu sentia gosto de terra na boca. Parecia que só eu me preocupava com os amortecedores. O resto, passava voando por nós jogando poeira sem dó.
Depois de muito rodar descobrimos que todos os campings tinham padronizado os preços: R$20, 00 por cabeça.
Lá fomos nós de novo, chorando pitanga, pedindo desconto....rodamos, rodamos e acabamos no camping  Kalabura onde Úrsula nos recebeu com o maior carinho. O lugar é lindo, de cara para o Parque Nacional, pro poente, uma cozinha comunitaria com fogão à lenha, muito do bonitinho, mas o espaço é pequeno e os banheiros só tem uma privada e um chuveiro. Como só havia seis pessoas no camping - um casal, uma moça que viajava só e nós três - esse esquema dá certo mas acredito que na alta temporada deve ser meio chato ficar na fila pra tomar banho ou fazer um xixizinho básico.
Aqui foi nossa casa no resto de toda a viagem.





Camping Kalabura

Viela C, Quadra 8, Lote 3
(62) 3455-1047
Email: jauchapada@hotmail.com

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