sábado, 22 de maio de 2010

mudanças, mais mudanças

De tanto que rezei, me ouviram.
Mudei.
Outra vez mudei de casa e dentro de mim alguma coisa também muda.
Um cheiro de novo, que eu tanto admiro. Um gosto de verde na boca, um olho cheio de futuro e esperança.
Mudei e quem me recebe é uma santa. Entrei nos braços da divindade e sob seu manto eu durmo mansamente.
Como se aqui sempre tivesse sido e eu só voltei, como quem foi ali comprar pão.
Abro as portas da casa vazia e vou enchendo de mim. Acredita que eu senti a casa feliz por eu estar ali? Me senti abraçada e ao mesmo tempo me senti como quem ouve um pedido de afago.
Te dou!
Te dou essa ternura toda que me transborda, tal qual vinho na hora do beijo arredio.
Te dou minhas risadas todas, te dou o perfume das panelas de barro, a risada escorrida, a mansidão de estar em casa. Te dou o balanço frenético do cão quando me vê, aquela felicidade pura e cristalina, só por você ser o que é.
É, Casa Nova, começamos um caso de amor.
E veja só que começo bom: a panela fumegante esquentando a cozinha, um moço lindo se esforçando pra abrir a garrafa de vinho, risadas, esforço pra te deixar bonita, os cachorros latindo no portão, botando limites, delimitando.
Nós.
Que delícia ser nós outra vez.
É..mudei.
Mudei por dentro e por fora.
Mas o bom mesmo é que mudei.

2 comentários:

N. Calimeris disse...

Seja bem-vinda!

Menininha bossa-nova disse...

Oba! Jogatina!