domingo, 24 de janeiro de 2010

Um resfriado ( como esse que toma conta de mim) é a oportunidade de fazer um pouco de dramalhão mexicano, gritar aos quatro ventos que estou a um passo da morte, gemer melancolicamente e desfalecer no sofá.
Não faço nada disso. Me falta esse natureza mas reconheço que é útil.
Cantar com o nariz pingando requer uma técnica toda especial. O Bruno ( percussa queridérrimo) até que quis me ajudar e me ofereceu um lenço que , para mim, parecia mais um guardanapo de pano de tão grande. Não dava pra usar de tão sujinho. Mas a oferta foi bunitinha.
A voz está normal, a energia é que está mais em baixa.
Dizem que resfriados são a forma que a natureza usa para nos fazer parar.
Tô parada, porra!
Saco isso.
Me obrigam a tomar comprimidos do tamanho de uma azeitona. Eu aviso que sou capaz de vomitar porque tenho problemas com comprimidos mas ninguém me dá bola. Bebi meio copo de água com própolis. Não sei como não morri. Um chá de gengibre que lembra quentão, só que sem o álcool. Qual é a graça? Espirro como se estivesse cheirando rapé. Nunca entendi a razão de se cheirar rapé. Na verdade, nunca entendi porque se cheiram coisas, fora o cangote do ser amado.
Eu uso uma placa bucal por causa do bruxismo galopante que me assola. Me senti uma velha com dentadura quando espirrei e a placa quase voou pra fora da minha boca. Pegeui no ar. Um horror.
Meus olhos cansam. O Pc queimou com os relâmpagos ( Iansão, você me ferrou nessa), estou usando o pecezinho. Aquela telinha ínfima, eu lá, lendo tudo. Me deu uma dor nos olhos, mas uma dor nas "vista", uma dor de cabeça. É...a idade tá chegando.
Vendi um cd infantil por correio. Quem disse que eu conseguia decifrar o número de rastreamento??? Uma amiga me falava das maravilhas de um tal shampoo. Eu, espírito de porco que sou , dizia que shampoo é tudo igual, mesmo que custe cinco conto ou duzentos conto. Discutimos. Eu doente e a mulher, mesmo assim discutindo comigo! Discuta, sua teimosa de merda. Eu pego um shampoo vagabundo, ela pega o dela, chiquerérrimo. Eu tento ler a composição pra mostrar a ela que é tudo detergente. Era como se eu estivesse lendo hierógrifos. Pasmei.
Então to cega, com placa, espirrando, melequenta, dor de cabeça, dor nos olhos e a fim de reclamar da vida.
Sim, to choramingando. Meu direito de dodói. Choramingo quanto quiser.
Buáaaaaaaaaaaaaaaa

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