quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

o forró, o piercing e os baixinhos

Vocês podem achar que minha vida é só samba, sinuca e cerveja. Na verdade trabalho em lugares onde as pessoas se divertem e eu preciso mostrar minha cara nesses lugares. Menos na sinuca, aí é vontade própria mesmo. Mas eu preciso circular, me fazer ver, contactar pessoas e fechar trabalhos. Junto o útil ao agradável já que não sou boba nem nada.
Ontem teve um forró. Eu adoro forró. Fico doida no forró. Me acabei no forró.
Dancei bastante com um baixinho que, definitivamente, batia no meu queixo. Ele fez de mim o que quis, me rodou pelo salão, me girou com aquelas coreografias que tem um monte de braço, me apertou, me suingou por todo lado. Eu fui tão sacudida por aquele baixinho que hoje acordei com dor na nuca. Cheguei a pensar que estava com meningite. O cara era baixinho mas era valente porque a maioria dos homens não gosta de dançar com mulher mais alta e ele botou pra quebrar. Tanto que o grupo que tocava até elogiou a coragem dele!!!
Me senti um hipopótamos dançarino, mas me diverti muito. E continuo dizendo que baixinho é muito mais atrevido e corajoso que muito marmanjão.
Levei um amigo e uma amiga, para garantir companhia e par na dança. O amigo levou um amigo que era inútil na dança, já que tinha colocado um pino imenso na perna por causa de um acidente de moto, mas ele era um espetáculo de se ver e de conversar. Aquele pino não o incomodava em nada porque o moço tinha um monte de piercing pelo corpo e, pelas palavras de meu próprio amigo, tinha piercing por lugares inimagináveis. Na mesma hora eu e minha amiga começamos a tentar descobrir onde será que o moço tinha mais metal, além da perna e das orelhas.
Meu amigo não resistiu e fez a indiscrição. Disse que o saco do cara parecia um varal de tanta coisa pendurada! Achei aquilo exótico demais. O que faz uma pessoa perfurar o corpo desse jeito? Ele me disse que era para dar prazer à sua companheira na hora do rala e rola.
É? Prazer? Rala e rola? Hummm...sei.
Passamos muito tempo falando dessas experiência, do corpo como manifestação artística, de comunidades alternativas, daime, ritos de passagens, xamanismo, ervas alucinógenas, massagens exóticas, eu mostrava as minhas tatuagens, ele me mostrava as dele e ele me prometeu que quando sua perna ficar boa, fará em mim um tipo de massagem que é quase uma dança e que se faz seguindo o ritmo do passo do elefante (?!) e eu sei que vou adorar esse negócio de massagem no passo de elefante. Mesmo que seja uma merda completa, tenho certeza que vou me divertir muito. Não tenho dúvida que vou adorar.
Mas a coisa que me instiga mesmo é a coisa do varal.
Essa natureza curiosa é que me ferra.

4 comentários:

Sandra Maria disse...

Varal ????? hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah !!!!!!
Até eu fiquei muiiiiiiiiiiito curiosa! Tira foto ....

Menininha bossa-nova disse...

Ritmo do passo do elefante??
Jesuisinho...

claudia lyra disse...

Senti que seu interesse no "varal" do moço é puramente científico-antropofológico...

N. Calimeris disse...

Ow Jesus! Mas que coisa!!!