segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Minha mãe já fez setenta anos. Uma coroa pra lá de sacudida, ninguém nunca nessa vida diz que ela tem a idade que tem. Uma saúde de ferro, sem colesterol, sem diabetes, sem nada que os mais velhos tem. Hoje nos falamos ao telefone e me contou que está fazendo hidroginástica e musculação e já está com uns coxões impressionantes. Morri de rir porque minha mãe é conhecida por suas pernoquinhas finas e seus pés grandes, razão pela qual nós carinhosamente apelidamos minha santa mãezinha de Pezão. minhas famílias tem um senso de humor muito peculiar e faz coisas exóticas. Minha irmã foi Luciana. Hoje atende pela alcunha de estrela do Mar e eu me divirto muito com essa história de mudar de nome.
Minha mãe estava triste, meio deprimida. Pergunto por que e ela me diz que parou de fumar e como está sem suporte, tá se sentindo só ( Estrela do Mar está na estrada outra vez - Estrela do Mar - hahahhahah - não aguento isso), meio pra baixo.
Acho que minha mãe não esperava meu conselho.
-Volte a fumar. Deixe de besteira que a essa altura da vida ficar deprimida por causa da falta de cigarro é uma merda. Não vai ser o cigarro que vai te matar e sim a solidão, a depressão. Saia por aí, faça umas farras boas e se der vontade de fumar, ora pois, fume!
Minha mãe riu de meu conselho torto e disse que ia tentar resistir mais um pouco. Nem pra conselho eu sirvo mais.
Senti falta de minha mama. Senti falta de sua força e determinação, de sua alegria, de sua coragem. Minha mãe é uma mulher espetacular e me orgulho de ter muito dela.
É, Pezão, essa vida é muito doida, né?
Vamos nós, minha véia, que ainda temos muito o que fazer por aqui.
Fumando ou não.

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