Sou uma pessoa risonha e de alto astral, mas tem épocas que isso não é possível porque para o meu crescimento e entedimento eu preciso ir aos umbrais.
Tô neles. É chato aqui, é escuro, é frio e desalentador. Mas é só uma passagem, sei disso, sei que é só uma estação que eu teho que descer. Não quero ficar aqui. Mas agora é aqui que estão algumas pistas que me serão valiosas e eu preciso delas.
De tempos em tempos temos que abrir a caixa de Pandora e dar de cara com nossas mazelas. É isso que eu faço agora. A verdade das minhas podridões, dos meus montros, dos meus lugares ecuros e sombrios não é o que mais me chateia. É essa tristeza abissal que me faz descer ao inferno de minha própria alma e o choro é inevitável.
A tristeza é o outro lado da moeda da alegria. Minha alegria é grande logo minha tristeza é também e caminho ao lado dela da mesma forma que caminho com minha alegria essencial. Não é melhor das companhias mas é a que eu tenho agora.
Entendo que esses processos vão além dos fatos cotidianos, vai além de coisas que acontecem. Esse meu processo é o de revolução. Estou com plutão em quadratura com a lua ( intensidade profunda nas questões emocionais), saturno em quadratura com ascendente ( revisão sobre as relações pessoais), saturno em conjunção com a lua ( uma autocrítica profunda) . Tem noção do que é isso?
É phoda, isso sim, mas eu não posso evitar essas questões.
É o momento da reflexão dolorida que antecede o entendimento e, por consequência, a cura e libertação.
Sim, to meia-fase.
Mas tenho a certeza absoluta que é o que eu preciso fazer agora.
Tô no meu processo, to perdida, to cansada mas to no caminho, sei que to no caminho certo.
Agora é época de nuvens pesadas e céu encoberto. Mas eu também que por sobre as nuvens ( e por sobre a minha tristeza que me corrói) tem sempre um sol que ilumina e um céu que é só possibiidades.
Espero o momento do arco-iris e aí vou poder distribuir meu tesouro.
Com a velha e boa alegria.
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