Mudança é fogo na roupa!
Eu to pilhadérrima, carrego caixa, lavo, varro, arrumo, sacudo, arrumo. Minha cabeça já lá, na nova casa.
Fim.
Fim de uma era.
Carambolas, como é bom ter um novo começo desses!
Casa nova, vida nova.
Algumas coisas não mudam.
O samba, por exemplo. O samba cai muito bem depois de uma dia de trabalho pesado. Eu estava fedida, cansada e mal vestida. Shortinho maiomeno, camisetinha diuza, tênis no pé. Não erta uma coisa boa de se ver. Mas o samba estava ali. A cerveja estava ali. A banda tocava feliz, sabe? O pandeirista parecia menino, rindo alto no meio da tocação. E eu, toda desminliguida, vendo aquele samba bom, elegante, ouvindo Paulinho da Viola, João Nogueira, tomando uma cervejinha muito tá boa, eu fiquei aqui pensando:
-A vida tem momentos de simplicidade absolutamente bons! Uma cerveja com uma roda de samba, no bairro do lado da minha nova casa...ó...isso é coisa muito da boa!
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