terça-feira, 20 de janeiro de 2009

reflexões

Viajei com o firme propósito de trabalhar o " nada". Não fazer nada, não querer nada, não pensar em nada. Só " estar". E estive.
Estive horasdeitada na rede lendo livros. Estive horas sentada na areia olhando o céu e o mar. Estive caminhando pelas trilhas que meu corpo cansado anestesiava minha mente descontrolada e eu chegava a um estado de somente observação.
Olhar uma lua cheia, um céu estrelado, ao lado de uma montanha nomeio da Chapada Diamantina foi um momento especial. Me senti tão pequena, tão miúda, diante do poder da Natureza, de Deus, sei lá. A sensação de serenidade diante de coisas tão simples, o prazer das coisas simples.
Nã fui a baladas porque, além de estar de saco cheio de baladas, meus filhos estavam comigo e eu queria lamber minha família, minhas crias, mimha mãe, minha irmã, meus sobrinhos e sobrinho-neto. Puta merda, sobrinho-neto é reamente de foder. Até isso eu pensei. Já tenho sobrinho-neto. A vida está correndo em pasos curtos e rápidos e eu não quero perder tempo com bobagem.
O que sãobobagens pra mim? Essa loucura de ganhar dinheiro para ter. Não quero ter tanto. Quero ter paz de espírito. Quero ter tempo pra pder olhar pro céu, pra ouvir o barulho dos grilos, dos passarinhos, pra setir o cheiro bom de uma fruta que eu mesma tirei do pé. Quero ter tempo pra viver e conhecer pessoas que vivem de forma diferente de mim. Quero ter olhos que percebam as coisas e não passe por essa vida como se estivesse fazendo uma maratona. Não quero maratona.Quero caminhada que eu possa apreciar a paisagem.
Esse Brasizão é muito lindo e eu quero beber na fonte desssa natureza que cura a alma da gente.

Quase não toquei violão. Cantei sim muitas vezes, a capela, sozinha no meio da madrugada, no meio do mato. Mas cantei pr felicidade pura e simples. Por querer cantar e dar um presnete em retribuição àquilo tudo que eu estava recebendo.
Não posso viver sem cantar. Louco isso, né? Não posso viver sem cantar.

Outra revelação boa é que eu passo muito bem sem internet e sem celular. Fiquei ilhada esse tempo todo. Acho que tive sinal de celular uma única vez e mandei torpedinhos pra agumas amigas. De resto, desliguei o bicho.Não queria falar com ninguém. Não queria contato mesmo.
Internet então...nem dei bola, não entrei em uma lan house, me recusei a ficar presa a essa merda. Claro que eu tive quase que 700 emails inúteis para apagar. Como eu recebo lixo por email! Cansei de lixo.

Fiquei muito pertinho de minha irmã e de minha mãe. Estrela do Mar ( hahahahhahaha) agora está se dissolvendo e posso chamar minha irmã de Luciana outra vez sem receber esporro por não chama-la por seu novo nome.
Até eu fiquei surpresa de ter gostado de ficar sentadinha vendo novela. Vi o final da novela! Nã entendia nada, quem era quem, porque nao sei quem maltravava sicrano. Sou aquela que fica perguntando tudo o tempo tdo, mas só de estar juntinho do meu povo me fez muito bem.

Essa viagem foi mesmo pra viver coisas smples e apreciar estas coisas simples. Um cafezinho bem passado. Um bolo recem saído do forno. Uma leitura boa balançando em uma rede.

Amei a sensação de tomar banho totalmentepelada no jardim da casa de minha mãe. A lua cheia sobre minha cabeça, a águamorna saindo da bica e eu ali, sentindo aquela brisa quente da noite, ouvindo os sapos cantando ( e levando um monte de susto quando pulavam em minha perna).
Coisas simples que faz bem a alma.
Recomendo a todos!!!

Um comentário:

Sandra Maria disse...

Desejo que voce, sempre, tenha a essas oportunidades de se encontrar, refletir e encontrar seu centro. Mas... o mais gostoso é quando voce volta.
Senti tua falta, ordinária .... rsrsrsrsrs