quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Reflexões típicas de fim de ano

O ano já está chegando ao fim. Dentro de mim o ano já está chegando ao fim.
Que ano especial foi esse! Intenso. Cheio de emoções fortes, de bençãos, de reviravoltas, de choros dos mais variados, de música, muita música.
Foi um ano de grandes vitórias e grandes batalhas.
Sim, eu venci.
Venci cada batalha que entrei.
Venci minha sombra e ela bem que tentou me pegar pelo calcanhar.
Venci com violão em punho, com a garganta, com meu peito cheio.
Poxa, quantas coisas aconteceram.
Pessoas importantes sairam de minha vida. Sofri com isso.
Sofri a dor da decepção mais profunda. Fui no inferno e voltei.
Encontrei outras pessoas. Abri outras portas. Um vento novo e verde refrescou meus olhos.
Me vi no espelho. Olhei dentro de mim. Me assustei com minha própria força e com meu poder de destruição.
Vi minha luz. Recebi o prêmio. Senti o peso da espada em meu ombro. Aceitei meu destino.
Cortei. Ceifei. Arei. Plantei e colhi.
Gargalhei de forma insana.
Serenei mansamente.
Vaguei por madrugadas solitárias e conversei com o demônio. Um batalhão de anjos sobrevôou minha cabeça e eu senti o vento de suas asas mexendo meus cabelos.
Tive que decidir entre a vida e a morte e mesmo que meu coração humano quisesse a morte mais dolorida ( não a minha, óbvio), optei pela vida que pode ser ainda mais dolorida.
Fui assombrada pelo futuro que explodia em minha retina. Eu não queria ver, mas via. Eu não queria saber, mas sabia.
Milhares de olhos me olharam a alma e fui acarinhada por olhos desconhecidos.
A música foi minha mãe e amante. Irmã e confidente. Amiga e mestra.
Renasci.
É.
Eu venci cada batalha e hoje olho pra trás e vejo o local onde batalhei e não sinto saudade nem remorço. Apenas um cansaço imenso.
Esta na hora de descansar. Eu mereço descansar porque eu sei que daqui à pouco outra batalhavai começar porque as batalhas nunca cessam completamente.
Essa é a natureza da vida.
Isso eu já aprendi.

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