quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Balanço de 2008

Hummmm
Vamos lá...

Em 2008 eu conheci a Chapada Diamantina, descobri que existe a polícia de lá que é chamada carinhosamente de a " Caatingueira" e que não é dada a rompantes de ternura. Ainda bem que não dei de cara com ela pelos matos de Capão.
Isso foi muito positivo.

Fui roubada no carnaval de 2008 e tive que tirar todos os documentos de novo.
O lado bom disso é que minha foto na carteira de identidade era medonha e agora está melhor. Não perfeita, mas boa.Então não foi de todo ruim.

Resolvi, eu mesma, cortar a franja de meu cabelão. Me fodi de verde e amarelo e até hoje tento acertar a merda que eu fiz.
Já gastei uns 50 reais pagando profissional que jurava que dava jeito no meu cabelo e eu não acredito mais em nenhum viado que me esculhamba, diz que tá medonho o cabelo, jura que vai dar um jeito e eucontinuo com cara da Simone nos anos 80.
Essa não foi uma boa coisa de 2008.

Meu filho caçula quis morar com o pai.
Achei terrível e chorei horrores.
A vantagem disso tudo é que eu nunca mais precisei brigar na hora do almoço pra alguém comer verduras.
Descobri que a saudade tem muitas nuances.

Comecei a dar aulas na Fundação Orsa para a molecada do Santa Lúcia.
Descobri que posso influenciar positivamente aquelas crianças. Ouvi histórias tristes e divaguei sobre os problemas sociais. Ali entendi de verdade que todo mundo é um papel em branco. Rabisquei minhas linhas em alguns papéis e senti orgulho disso.
Cresci muito como pessoa dando aulas pra eles.
Valeu cada instante.


Me vi dividindo a casa outra vez com um homem. Foi bom porque dividi as despesas. Foi ruim porque descobri que tem muito homem folgado em matária de serviço doméstico.

Comprei meu sapato vermelho. Paguei os olhos da cara por eles mas eu acho que foi um bom investimento.

O projeto do cd Cantanças foi aprovado por uma lei de incentivo à cultura. Isso foi, definitivamente, do caralho.

Separei. Foi ruim e sofrido.
A parte boa é que a verdade liberta e agora eu sou só libertação.
Tô distribuindo libertação.

Fiz muitos, muitos shows. Cantei pra muitas pessoas. O trabalho me ajudou demais a segurar as pontas e eu percebi que " tocar" as pessoas com a música é uma benção. Me emocionei, chorei, refleti. Aprendi a agradecer de outra forma.

Conheci duas pessoas especiais. As Julianas. Me trouxeram um ar novo, um cheiro de verde. Minha cozinha foi outra vez povoada. Descobri que no meu coração sempre cabe mais um. Neste caso, duas.

Dois novos músicos entraram em minha vida. Samuel e Felipe. Pirei com eles no infantil e eles me deram uma super hiper mega força em relação ao novo cd. Ou seja, eles são a possibilidade de futuro, em matéria de música.

Confirmei minha teoria e justifiquei meu investimento. Um sapato vermelho e um perfume de priprioca no pescoço são realmente eficientes.

Descobri que nem todo mundo é complicado, tem problema. Alguns são simples como uma receita de bolo. Gostosos como dançar ciranda e divertidos como um jogo de buraco quando estamos um pouco bêbados.

Revi um ex marido. Um ex marido antigo e entendi o que e vi nele tantos anos atrás.

Troquei de carro. Um zerinho.
Troquei computador.
Comprei um estúdio digital fudiudo de bom, um note para meu filho caçula e um ipod metido a besta pro mais velho. Adorei poder dar esses presentinhos pora mim e para eles.

Perdi alguns quilos. Me senti linda e poderosa. Algumas amigas me diziam que eu estava horrorosa. Só as amigas gordas diziam isso. Comprei uma calça número 38 e isso foi revelador porque, definitivamente, eu estava sem bunda alguma.


Voltei a fazer atividades físicas de forma intensa. Ganhei mais massa muscular. Estou mais alongada e mais forte. Consegui fazer posturas de yoga mais complexas e foi uma vitória para uma mulher de 41 anos.

Meus amigos do passado estão do meu lado. Sempre estiveram e sempre estarão.

Confirmei a minha incapacidade de rerceber colo.

Vi meu filho mais velho se transformar em um homem lindo e senti um tipo de orgulho.

Superei minha implicâncias e deixei de chamar a namorada do meu filho de " Bovina". Hoje gosto dela mas ainda daria de presente de Natal um pote de ODD, uma bucha nova e um par de luvas. Ou seja, não perdi meu senso de humor escroto.

Senti, pela primeira vez na vida, que meu corpo tem limites e neste ano ele gemeu. Fragilizar-me não foi fácil mas até que foi útil.

Viajei pra algusn lugares.

Fiz enduro a pé.

Comprei uma barraca ( a Vadia, que se abre todqa em dois segundos), um colchão inflável, um saco de dormir, uma bota de caminhada e um chapéu de lona.

Ganhei um canivete quase suíço.

Paguei decentemente os músicos que trabalharam comigo. Isso é bommmmmmmmmmm!

Reencontrei um velho amigo e ele me ensinou a manifestar afeto sem preocupações.

Lutei. Lutei muito.
E hoje, entre mortos e feridos, sobrevivi.

Hoje, às vésperas do fim do ano, acho que valeu.
Valeu cada gargalhada, cada piração, cada lágrima, cada derrapada, cada tropeço, cada levantada, cada amanhecer.
Valeu, valeu.
2008, vá com Deus.
2009, chegue chegando e me leve ainda mais alto.

Um comentário:

Lady tanásia disse...

Tatiana
Já faz muito tempo que entro no seu blog...Admiro muito a sua forma de escrever,você levanta qualquer astral com as suas ´postagens.Nada mais justo aproveitar para te desejar que em 2009 ,continues com muito sucesso na tua carreira,e muita saúde para correr atrás de todos os seus desejos.Ps>.:Parabéns pelas realizações de 2008!Você ainda tem dúvida que a felicidade está sempre ao seu lado?????
Um abraço,Lady