É.
Algumas mulheres estão do meu lado faz é tempo e eu tenho é que agradecer por isso.
É conhecido que eu esqueço as coisas, os fatos e os nomes das pessoas, então algumas amigas são minha memória emprestada, lembram se eu conheço as pessoas e me ajudam e não dar mais gafes do que o normal.
Amigas tão antigas que pegam a vassoura e dão um trato no meu quintal por puro prazer. Mexem em plantas, afofam terra, podam folhas, mudam os vasos de lugar. E fazem isso felizes! Incrível.
Tão amigas que deitam na minha cama e encoxam meu companheiro. E ainda me avisam. " Ó, tô dando uma encoxadinha porque eu tô numa seca da porra!".
Gargalhadas meio histéricas.
Amigas que sabem das coisas sem eu precisar falar nada.
Ontem minha casa estava um inferno. Rolando um ensaio que eu não participava. Eu era da " produção". Minha sala tão arrumadinha estava cheia de instrumentos, cabos, estantes, um barulho da porra, o baixo aos berros, a percussão descendo a mão, o violão e a voz do cantor em níveis quase desumanos. Um bando de homem junto fazendo som é, de certa forma, uma competição de meninos.
E eu na cozinha. E Claudinha no fogão. E Vivi no quintal limpando tudo. Uma cozinhadinha e uma cervejinha. Uma varridinha e uma caipirinha. E risos. Muitos risos. Histórias podres que só as amigas de muito tempo podem rir de você e junto com você. A mulherada lavando louça e sambando ao mesmo tempo. Palpites úteis sobre a decoração e como acomodar tanta coisa nova dentro de casa.
"Precisava morar com um moço que tem tanto instrumento? Cada instumentão!", sacaneava uma.
" Que nada! Eu vi que tem um cavaquinho!", esculhambava a outra.
" Cavaquinho é foda, prefiro baixo de seis cordas, bem grandão".
"Eu já prefiro um violão mesmo, tipo standart".
Momento escrotidão feminina. Adoro.
" E se você trocasse a sala de lugar?".
" Como assim?".
"É, se colocasse o quarto dos instrumentos na sala e levasse a sala para o quarto?"
A outra embala nas maluquices.
" Eu começaria a dormir no banheiro. É mais fresco. A bosta vai ser acomodar dos ogros imensos dentro do box."
Quá quá quá quá quá! Ataques de bobeira de matar um.
Eu quase fazendo xixi nas calças lembrando de uma vez em Boiçucanga que, de tanto Vivi me encher o saco dizendo que eu pintava cabelo ( coisa que não fazia e nem faço), ficava cantando lá lá lá lá lá Tatiana pinta o cabelo, lá lá lá lá, que eu peguei ela por um único pé e levantei do chaõ, deixei ela de cabeça para baixo e ameaçando enfiar a cara dela na terra se ela não parasse já com aquele inferno. Melhor que o fato em si é a interpretação da própria Vivi da cara que ela ficou. Ri tanto que doeu a barriga.
Claudinha lembrando quando veio me visitar no exato dia em que eu entrava em trabalho de parto. Ela que cuidou de mim.
Vivi, rindo, lembrando dos meus comentários para o obstetra quando eu a levei para ter nenem, há quase sete anos.
" Como assim você vai fazendo exame de toque nela? Nem diz que a ama, nem dá um beijinho...sacanagem!"
Como é bom ter história junto!
Aquele almoção, meu famoso cozido baiano. Só que desta vez quem fez foi Claudinha. Eu só fiquei com a fama.
A noite já estava alta e meu quarto cheio de gente. Risadas. Mais cervejas. Filosofias vãs.
Cumplicidade.
Gente, isso não tem preço.
E quando eu ouço homens dizendo que as mulheres não são amigas de verdade, eu olho com pena para eles.
Tontos. Não sabem de nada.
Eu é que sei.
Algumas mulheres estão do meu lado faz é tempo e eu tenho é que agradecer por isso.
É conhecido que eu esqueço as coisas, os fatos e os nomes das pessoas, então algumas amigas são minha memória emprestada, lembram se eu conheço as pessoas e me ajudam e não dar mais gafes do que o normal.
Amigas tão antigas que pegam a vassoura e dão um trato no meu quintal por puro prazer. Mexem em plantas, afofam terra, podam folhas, mudam os vasos de lugar. E fazem isso felizes! Incrível.
Tão amigas que deitam na minha cama e encoxam meu companheiro. E ainda me avisam. " Ó, tô dando uma encoxadinha porque eu tô numa seca da porra!".
Gargalhadas meio histéricas.
Amigas que sabem das coisas sem eu precisar falar nada.
Ontem minha casa estava um inferno. Rolando um ensaio que eu não participava. Eu era da " produção". Minha sala tão arrumadinha estava cheia de instrumentos, cabos, estantes, um barulho da porra, o baixo aos berros, a percussão descendo a mão, o violão e a voz do cantor em níveis quase desumanos. Um bando de homem junto fazendo som é, de certa forma, uma competição de meninos.
E eu na cozinha. E Claudinha no fogão. E Vivi no quintal limpando tudo. Uma cozinhadinha e uma cervejinha. Uma varridinha e uma caipirinha. E risos. Muitos risos. Histórias podres que só as amigas de muito tempo podem rir de você e junto com você. A mulherada lavando louça e sambando ao mesmo tempo. Palpites úteis sobre a decoração e como acomodar tanta coisa nova dentro de casa.
"Precisava morar com um moço que tem tanto instrumento? Cada instumentão!", sacaneava uma.
" Que nada! Eu vi que tem um cavaquinho!", esculhambava a outra.
" Cavaquinho é foda, prefiro baixo de seis cordas, bem grandão".
"Eu já prefiro um violão mesmo, tipo standart".
Momento escrotidão feminina. Adoro.
" E se você trocasse a sala de lugar?".
" Como assim?".
"É, se colocasse o quarto dos instrumentos na sala e levasse a sala para o quarto?"
A outra embala nas maluquices.
" Eu começaria a dormir no banheiro. É mais fresco. A bosta vai ser acomodar dos ogros imensos dentro do box."
Quá quá quá quá quá! Ataques de bobeira de matar um.
Eu quase fazendo xixi nas calças lembrando de uma vez em Boiçucanga que, de tanto Vivi me encher o saco dizendo que eu pintava cabelo ( coisa que não fazia e nem faço), ficava cantando lá lá lá lá lá Tatiana pinta o cabelo, lá lá lá lá, que eu peguei ela por um único pé e levantei do chaõ, deixei ela de cabeça para baixo e ameaçando enfiar a cara dela na terra se ela não parasse já com aquele inferno. Melhor que o fato em si é a interpretação da própria Vivi da cara que ela ficou. Ri tanto que doeu a barriga.
Claudinha lembrando quando veio me visitar no exato dia em que eu entrava em trabalho de parto. Ela que cuidou de mim.
Vivi, rindo, lembrando dos meus comentários para o obstetra quando eu a levei para ter nenem, há quase sete anos.
" Como assim você vai fazendo exame de toque nela? Nem diz que a ama, nem dá um beijinho...sacanagem!"
Como é bom ter história junto!
Aquele almoção, meu famoso cozido baiano. Só que desta vez quem fez foi Claudinha. Eu só fiquei com a fama.
A noite já estava alta e meu quarto cheio de gente. Risadas. Mais cervejas. Filosofias vãs.
Cumplicidade.
Gente, isso não tem preço.
E quando eu ouço homens dizendo que as mulheres não são amigas de verdade, eu olho com pena para eles.
Tontos. Não sabem de nada.
Eu é que sei.
2 comentários:
Ai, Tati... deixa eles acharem que a gente é rival... bobos, tolinhos... adorei o relato do seu dia com amigas...
rezaram uma ave-maria?
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