terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Eu sinto saudade da época que eu escrevia aqui as minhas barbaridades sem me preocupar com porra nenhuma. Contava as coisas que me aconteciam, chorava sobre o teclado do pc, descia a lenha em quem eu quisesse.
Por exemplo, eu gostaria muito de dizer aqui que eu conheci o compositor mais chato, mais mala, mais deprimente do mundo. Que ele grudou em mim, que ele me tirou as energias, que eu tive pena dele e, ao mesmo tempo, uma vontade imensa de mandar se fuder, de dar na cara dele. Que encontrar um cara desse, todo fudido, carregando a pastinha com as reportagens e fotos que sairam no jornal me fez muito mal porque é um futuro possível para qualquer pessoa. Inclusive para mim.
Eu queria muito poder dizer isso, mas não to podendo mais.
Auto-cenura, saca?
Não, não vou falar que eu tenho horror a tal bar porque eu tenho certeza absoluta que ali está a alma penada de outro compositor. Não, não vou dizer um negócio desses. Não é legal, saca?
Não vou sair por aí dizendo que já, já eu vou dar é uma espalhada muito da boa e quem me conhece sabe que quando eu me espalho é ruim de me juntar. Tem que ser macho, grande e forte. E que cinismo comigo não é legal porque eu não sou dada a sutilezas. Aliás, sou avessa a sutilezas. Melhor ainda, sou absolutamente óbvia. Mas posso perfeitamente dar corda para ver até onde vai e um dia, assim, sem avisar, salto em cima e acabo com essa " ciniqueza" toda.
Ai, ai, ai. Essa minha discrição natural é muito terrível mesmo.
Bosta.
Farei mais um blog. E esse será absolutamente anônimo, para falar o que eu acabo não falando aqui.
Aliás, acho que vou parara com esse negócio de blog. Eu escrevo as merdas aqui e tenho que ouvir gozação de meio mundo.
Travesti é tua mãe, viu? hahahhahahahahahahah!No caso do meu filho, quase que foi mesmo.
Domingo eu fui a Tatuí ver o festival de música instrumental. Eu deveria falar das maravilhas que é o som instrumental brasileiro. Sim, deveria. E até que é mesmo. Mas depois de nove - atente para esse número- NOVE horas de som instrumental eu só posso dizer que amo de paixão uma melodia bem simplezinha que faça lá lá lá e eu saiba o que to ouvindo. Vapaputaquepariu! Quanto solo! Quanto improviso! Quanta nota! Uma punheta musical sem fim. Me pareceu um monte de menino com o pau pra fora, batendo punheta um na frente do outro pra ver quem bate mais e mais rápido.
Me perdoem os amantes da música instrumental...mas eu quero um tema que eu consiga acompanhar. E tem mais..polirritimia de cu é rola! É um tal de todo mundo quebrar tudo que no fim parece que um furacão passou por ali e não sobrou uma música inteira sequer. NOVE HORAS, minha gente! NOVE horas de improviso! Chega um momento que acaba a inspiração e fica tudo muito parecido com o outro.
Bem, eu não devia falar essas coisas aqui.
Mas eu não resisto.

6 comentários:

Unknown disse...

Música instrumental cheia de improvisos e de notas é que nem cerveja: no começo desce que é uma beleza, mas depois do quinto copo a gente não sente nem o gosto da coisa. E se continuar insistindo, empapuça.

Da próxima vez diga: "Festival de música instrumental? Não, obrigado". ;-)

Tatiana disse...

aprendi, meu bem, aprendi que tenho limites musicais na música instrumental também!

Anônimo disse...

Tatiana, não te esqueças de dizer o nome do blog anónimo, para ser visitado anonimamente. Tenho saudades do teu estilo antigo, quando voltará. carmo

Tatiana disse...

hahahahhahahahahahahahha
Sim, Carmo
Eu aviso a todos sobre o blog anônimo
hahahahhaha
quando voltará?
bem...não sei....
não sei mesmo

Túlio disse...

Isso me lembra um daqueles guitarristas de nome impronunciável. Só tenho uma coisa a dizer:

Música não é atletismo!

Lígia Moreli disse...

Meus caros, como amante da música instrumental, devo dizer que as coisas não são bem assim. E em tempo: tudo que é demais, enjoa, e o mesmo vale para a música cantada, o samba e a cerveja (apesar de gostar muito dos três). Perdoem-me os amigos Bruno e Tatiana, mas discordo de vocês. Para quem não curte samba, tudo parece mera batucada e punhetação de tamborins...É uma questão de gosto, cada um tem o seu.
E Festival de Música Instrumental é pra quem gosta mesmo.
Beijos.