sexta-feira, 23 de junho de 2006

Eu perdi a medida. Empolguei de vez.
Roubei uma árvore.
Sim...uma árvore com raizes, tronco e galhos. Meu carro está coberto de folhas e tem um cheiro muito gostoso de terra molhada dentro dele.
Melhor explicar. Roubei com a permissão da dona, mas tivemos que fazer aquela cena de que ela não estava vendo por causa da história que planta roubada cresce mais forte.
- O que é aquilo ali? gritei, fingida.
- O quê? respondeu ainda mais fingida, olhando para o outro lado.
Corri, agarrei o vaso imenso, saí arrastando porque aquilo pesa pra dedéu e fiquei ali, bem uns cinco minutos tentando meter uma árvore dentro de um fiat uno!!!!
E minha amiga lá, olhando para o outro lado e me berrando:
- Enfia as folhas primeiro, inteligência rara! As folhas! As folhas. Depois coloca o resto!!!!
Eu, suada como uma tampa de cuscuz, retruco tentando levatar um vaso sem derramar a terra no chão do carro. Derramou mesmo assim.
- Mas, putaquemepariu, como é que se rouba uma planta assim, com a dona dando palpites??? Se ela não crescer forte e vistosa a culpa é tua!!!

Sai linda e vaporosa, com uma moita gigante saindo pela janela do carro, espalhando verde pela avenida norte-sul, me achando a Mulher do Dedo Verde. Uma São Francisco das ervas. Me achando um sucesso!!!

Minha casa já está parecendo uma pequena loja de plantas.
Lindo. Adorável.
Felicidade também se encontra assim.
Em um vaso de barro transbordando verde.
Em um buquê colorido alegrando a retina.
No cheiro de verde no ar.

Tô que sou uma felicidade só!!!

3 comentários:

Natallye disse...

Tô imaginado cena...rs

Natallye disse...

Costumo dizer que felicidade está nas coisas simples da vida!

Márcia Nestardo disse...

Minha querida cigarra.
Quando eu for te visitar vou te achar pela casa das plantas que cantam!
Mas quero te ouvir também... então reúna quem gosta violão, comida caseira e cerveja. Os artístas frustrados, poetas insones e pais e mães de crianças saudáveis! Os pequenos brincam, a gente cozinha e quando a garotada cansar começamos nossas brincadeiras.
Estou carente, quero colo, cafuné, paparico. Um falso amor de fim de semana pode até cair bem.
Beijos...