sexta-feira, 28 de outubro de 2005

DEPILADORA, UM TIPO COMUM DE SÁDICA

Como já me sentia uma Rainha Conga, fui fazer aquela depilação básica e agressiva.

-Tatiana, você tá um horror!
- Eu sei, meu bem. Por isso tô aqui. Hoje quero dar cabo desses excessos todos. Vim cheia de coragem!
- Ah, que bom! Vamos tirar este buço?
- Que buço?
- Esse.
Nem deu tempo pra respirar. Tascou cera em meu charmoso bigodinho e fiquei com a boca dura, sentindo a cera endurecer na cara.
- Pois é...Sabe aquele moço que eu te contei a última vez?
-Naaum. ( a boca endurecia impedia que eu falasse direito)
- Sumiu!.
Arranca a cera de uma vez.
- Aaaaiiiiii...
-É mesmo de doer. Um homem que some assim é de matar, não acha?
- Aaaaiiiii!! Acho ( a voz treme)
Lá se vão meus pelos da perna.
- Vai tirar daqui ( ranca) e daqui? ( ranca mais uma vez). É o que eu sempre digo, homem não vale nada!
E puxa meio metro de cêra.
-Aaaaiiii, caralho, putaque pariu!!!!!!!
-Vira , meu bem...isso mesmo, xinga que faz bem. Alivia! Eu xingo ele todo o dia. Corno! Maldito. Lazarento!
-Péra um pouquinho, péra um pouquinho...
- Pra quê? Ele não vai voltar mesmo, aquele ordinário!
Um gesto enérgico, eu pulo da maca.
-Aaaiiiii.
- Pronto, querida. Já acabou...
Saio as pernas bambas e a carteira vazia.
- Volte sempre, viu? Você sempre me dá altos conselhos...Adoro conversar com você!
E me beija a face como Judas.

2 comentários:

Lara Spagnol disse...

Hahahha malditas, malditas.
Detesto o último pelo da coxa que essas desgraçadas tem. Isso é, se elas não o arrancam com todo o arsenal que usam prá nos torturar.

Vanessa Anacleto disse...

Isso é um diário da pobre mulher urbana, não há como não se identificar.