sexta-feira, 19 de agosto de 2005

DOEU, MAS ATÉ QUE FOI BOM!!!

Eu tenho o dom de conseguir ouvir as mais tristes canções e manter o bom astral.

Mas quando to a fim de colocar os bichos pra fora, choro até com a canção da Dona Baratinha ( quem quer casar com a Dona Baratinha que tem fita no cabelo e dinheiro na caxinha). Se a gente pensar que ela voltou pra janela e ficou cantando o resto da eternidade, poxa vida, isso é muito triste!

Adoro Lupicínio, adoro Cartola, Noel. Esses sim sabiam falar do amor sofrido, doído, magoado mesmo, aquele amor que parece que nunca mais vai sair da gente, que lá, no leito da morte, o coração ainda vai dar a última pontada de dor antes de dar a derradeira batida.
Edu e Chico também sabem fazer isso de uma forma muito boa.
Essa canção do Chico e do Tom já me fez pensar muito sobre este momento de quase desespero.
Vai aí um pedacinho de EU TE AMO

...Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair...

Pô, dói pra caramba uma situação dessas, mas pior que isso é não poder nunca dizer que sofreu de amor!

Nenhum comentário: