folhetim vagabundo- história 2 - capítulo 2

Primeiro capítulo aqui.


Filho de uma puta! Lazarento de merda! Defunto escroto do cacete!!! - berrava Cosmo pro papel em sua mão. Velho filho de uma égua! Até morto conseguia deixar a gente louco da vida com ele, pensava enquanto caminhava de uma lado para cá.
Nunca se deu com pai, tanto que nunca sentiu culpa por não querer visitá-lo. Nem fazia média dizendo que não podia. Náo queria mesmo. Nunca quis. Quando era menino, quando seu pai o chamava pra alguma coisa, nunca queria ir. Muito menos aceitava convites para brincar. Não era muito bom em jogos. Gincanas, competições de raciocício, pior ainda. Odiava qualquer idéia de diversão onde era possível sofrer humilhações e chacotas. E seu pai era um escroto. Pra quê?
Não, de jeito nenhum iria aceitar essa estúpida idiotice imbecil de decifrar charadas. E que charada de mau gosto. Pinga porra do pau? Mas o que que é isso, seu velho de crépido e tarado, que coisa mais feia de se dizer no leito de morte, que falta de elegância do caralho!
Encontrar as moças da terra do pau grande. Que besteira. Japão não deve ser, certamente, então não é moça oriental porque pra gente todo mundo que tem olho puxado é japonês, logo , tem pau pequeno. Não. Talvez na África...dizem aí que todo negão é desmarcado. Vai ver que é só por isso que a mulherada gosta tanto. Alemanha, talvez? As putas lá do porto dizem que tem horror a cliente alemão. Ou pagam o dobro porque os caras são realmente descompensados. Por outro lado, as moças de hoje em dia eram tão devassas quanto uma profissional do sexo. Só que não cobravam em espécie, mas em jantares, passeios. Vacas, todas elas. Pensando nisso, pegou o telefone e começou a discar o telefone de Sônia, sua amante oficial.
Talvez ela soubesse alguma coisa sobre essa tal terra aí. Taí uma mulher que entende de pau.
Na mesmo instante a porta é escancarada por um chute violento e seu irmão, Odair, salta em seu pescoço, apertando forte.
-Odair, cacete, pare com isso!


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