terça-feira, 28 de julho de 2009

Veadeiros IV - O parque e o Mirante

De todos os programas, esse foi o que eu achei mais maiomenos. Não por causa da beleza, tudo ali é lindo de morrer, mas pela quantidade de gente andando pelas trilhas. Nas paradas com água, parecia praia, um monte de gente falando pra cacete. Ou seja, não era o sossego que eu queria, mas tudo bem. Eu estava na Chapada dos veadeiros!!
Não se paga nada pra entrar no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, mas você é obrigado a ter um guia e ele cobra dez reais por cabeça. Na verdade o guia não guia nada porque a trilha é óbvia e única. A função do guia é ser babá de turista, evitar que o mané tasque um cigarro no cerrado e queime tudo, se meta em enrascadas, que caia, que se machuque ou que morra. O nosso guia era uma pessoa muito traquila, super do bem e nos levou pela Trilha do Saltos. Nove quilômetros de ida e mais nove de volta. Dá pra ver que se anda pra cacete, né? Mas é muito bom. Durante o camoinho nosso guia, Demir, ia explicando que tal planta tinha um óleo inflamável que os garimpeiros usavam, como combustível. Uma árvore chamada Pau Doce servia para adoçar café. u não resisti e fui lá morder a tal árvore. É doce sim. Mas com um gosto de madeira forte. Não era cana. Era Pau Doce.
Passamos por duas cachoeiras e depois terminamos em uma corredeira.
Não dá pra fazer um programa desse sem sapato adequado. Tem que ter um bom calçado que lide bem com pedra. Minha bota de caminhada segurou a onda muito bem e eu tinha pena daqueles que estavam com sandalinha.
Protetor solar tambpém não dá pra deixar de levar. E comidinhas, biscoitinhos, frutas porque a gente passa a hora do almoço no meio das trilhas, subindo e descendo morro. Cansa e dá fome.

Soubemos que havia um mirante e que era lindo ver o por do sol lá. Assim que chegamos do Parque, comemos muito em um restaurante e eu, Hilal e Raul seguimos para lá.
Ó, eu sou braba, eu sou valente, eu sou retada...mas morro de medo de altura. Subir na torre por uma escadinha véia vagabunda, sentidno aquele vento entrando por de baixo da roupa foi um suplício! Quando chegeui no primeirto nível, bem basiquinho mesmo, não subi mais nem com reza braba. Raul e Hilal ficavam berrando, lá do alto, lá do alto pra caralho, pra eu ir e nada no mundo me faria subir mais um degrau. Colei em dois cearences que estavam lá e fiquei batendo papo até o sol se por. Aí sim desci, toda lampeira e ouvi um monte de provoação por não ter ido mais alto.
Tô nem aí. Eu sei dos meus limites e não vou pagar mico de dar piti no alto da torre do mirante.
Nem curti tanto assim, já que estava morta de medo.
Mas pelo menos eu fui!!

Um comentário:

N. Calimeris disse...

Você me fez lembrar porque eu amo o planalto central e me fez dar conta que sou urbana até as calcinhas da alma! Não encaro esse tipo de programa nem por um... isso mesmo! Água fria no corpo??? Tá doido! Ia para o hospital com hipotermia!!!! Mas, que bom que gostou do céu daqui desse pedaço de mundo que tanto me encanta e me enlaça!