domingo, 14 de junho de 2009

Ver os filhos crescerem não é coisa lá muito confortável. A gente se sente velha, se sente carregando um mundo de histórias, a gente se sente ...antiga. "Eles" são o futuro e nós começamos a fazer parte do passado.
Sinto isso também e eu podia estar chorando, podia estar me lamuriando, podia estar me agarrando a eles para que não saissem por aí, vivendo. Mas não é essa a minha natureza.
Sinto fala dos meus filhos em minha volta. Sinto muita falta deles, mas me lembro de mim mesma correndo o mundo ainda muito novinha e me lembro como isso me fez crescer e fortificar.
Sou o que sou por causa dessa minha história e agora é a hora deles escreverem a história deles.
Não posso controlar o fluxo da vida, nem quero.
Me vejo solta, sem aquelas obrigações de mãe. Talvez tenha sentido a síndrome do ninho vazio mas foi por pouco tempo. Meu ninho tem eu lá dentro e isso já está de bom tamanho. Meu ninho vai comigo para onde eu for.
E eu quero ir! Quero ir a lugares que eu nunca fui, quero beber água pura que corre da nascente, quero o cheiro de terra, quero outros palcos, quero outras estradas e outras paisagens. Não quero outro porto, este aqui está bom.
Para isso eu estou me preparando calmamente. Me falta muito pouco, mas com o que eu já tenho posso me arriscar em algumas paragens.
Estou me preparando.

3 comentários:

Flor que Fala disse...

Sempre venho por aqui.... conheci o blog por acidente... achei por causa da entrevista com Tavito...
Salve o Google!
E desde então tô sempre por aqui...
Coloquei você no meu cantinho pra mais gente se divertir e se emocionar com suas palavras e com sua voz!

Fernando Siqueira disse...

Há! A gata de Botas!!!

Marília Guimarães disse...

Tenho um filho de 14 anos que foi morar com o pai esse ano. Sinto sim muita falta dele por perto, das brincadeiras do dia-a-dia e de um milhão de outras coisas. Ao mesmo tempo estou feliz e orgulhosa. Como é bom vê-lo caminhar sozinho!
Beijos