terça-feira, 2 de junho de 2009

puta; ser ou não ser

Gabriela Leite é um ex prostituta que acabou de lançar um livro (Filha, mãe, avó e puta) e defende o direito das prostitutas. Tá na mídia, lançando o livro e tudo mais.
Eu concordo com ela em muitos pontos.
Eu acho que cada um tem o direito de vender a força de trabalho que quiser. Uma prostituta é uma profissional como outra qualquer. E só é prostituta porque tem gente que quer seus serviços. Tem mercado. Tem público. Sempre houve e sempre haverá quem queira vender sexo.
Eu faço um paralelo aqui. Tem um monte de gente que gosta de cantar. Alguns até cantam direitinho. Mas virar cantor profissional é outra coisa, não é pra qualquer um. Por quê? Porque uma coisa é você cantar em karaokê e arrasar, outra coisa é ter uma rotina, é viver para isso e disso. Muita gente não quer isso. Quer só cantar livremente, sem preocupações.
O mesmo raciocínio eu uso para as profissionais do sexo. Tem gente que gosta de sexo. Pratica até com muita habilidade, mas pra virar profissional tem que ter um chamado, um talento natural, um saco do tamanho do mundo e muita determinação. Não é pra qualquer um.
Não estou aqui apoiando de jeito algum protistuição infantil ou tráfico de mulheres. Defendo o direito de uma mulher adulta vender o que quiser. Até o sexo.
Eu, definitivamente, não tenho estômago para ser puta. Não deve ser fácil, acredito eu.
Gabriela diz que as prostitutas são especialistas em fantasias.
Sadomasoquismo é uma especialidade. Eu não aguento uma coisa dessa, acho deprimente, mas tem gente que gosta.
Fantasias com roupinhas me dá vontade de rir. Pato Donald, seu Mário? Outra vez você vestido de Pato Donald?? Marinheiro, enfermeira, bombeiro...tudo isso me lembra teatro infantil e é meio broxante.
Surubas homéricas...gente, nos dias de hoje isso é uma loucura.
Drogas, marginalidade, violência, tudo isso vem junto com essa profissão que não tem nenhuma regularização. Regularize já!
Eu, definitivamente, não tenho o talento necessário para seguir a vida de prostituta mas tem mulher que tem e eu reamente acho que elas deveriam receber todos os direitos, pagar todos os impostos, ter aposentadoria, como um profissional autônomo qualquer.
Muito hipocrisia pro meu gosto.

2 comentários:

Eduardo disse...

Nunca vendi o corpo e há dias em que sou um verdadeiro puto!
Hoje foi um desses, por exemplo.

Tatiana disse...

eita porra!!!!
bem..puto também tem seus direitos!