sábado, 27 de junho de 2009

Madrugada.
Já ri das mais absolutas bestagens.
Dancei com minhas pantufas de ogro.
Brinquei com aquela melodia que me roça o pescoço.
Ouvi Tania Bicalho e pensei como é bonita aquela voz.
Senti saudade de meus filhos.
Senti frio nas mãos e batuquei na beirada da cama até fazer dormir os dedos.
Cantei baixinho me olhando no espelho e refletindo se azulejos azuis são mais sonoros do que os casuais brancos.
Por que será que meu ombro esquerdo geme quando faço algum movimento estranho?
Acho um cabelo branco imenso e sinto uma ternura enorme por ele.
Ouço as canções recém-paridas.
Rio.
Mastigo a letra da amiga e tento ser sutil.
Desejo alguma coisa que gordo gosta muito.
Sinto saudade dos meus gatos.
Sinto uma vontade imensa de bater em uma vizinha que mata gatos.
Respiro fundo e espero.
Me apronto pra dormir dentro do meu saco de dormir verde-folha e me vejo como uma lagarta.
Imagino que tipo de borboleta serei e em que flor vou deitar minhas asas e simplesmente ser.

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