quinta-feira, 23 de abril de 2009

o pós

A coisa foi tão séria que não coloco foto para garantir a integridade moral de alguns. A festa teve de tudo. Quem disse que ia e não foi. Quem foi e se fez perceber mesmo. Quem não bebia nada e acabou a festa com os dentes roxinho, roxinhos de vinho. Teve quem nunca fica fora de si e desta vez mostrou as manguinhas.Teve dois caras que eu nunca vi na vida e que apareceram na porta de casa, perguntaram se podiam participar da festa, entraram e interagiram. Teve cantoria com performace. O "penetra" pegou o violão e mandou ver. O outro penetra trabalhava com ervas medicinais e nos atracamos em um super bate papo bom. Teve duas taças quebradas. Teve ataques de riso. Teve uma que estava tão doida, tão doida que eu tive que bater umas ervas...surrar umas ervas, pra ver se acalmava.Teve vinho, cerveja e coca-cola. Teve correio elegante que de elegante não tinha nada. Teve " quem é essa tua amiga que eu vou dar na cara dela amanhã", teve vexames generalizados.Teve riso de doer a barrida, teve ataque de uma amiga incorformada com a beleza e charme de um amigo gay, teve fuga do amigo gay que se escondia atrás de mim e sussurrava " socorro, Tatiana, ela quer me fazer mal", teve um ataque de medição com minha trena-chaveiro, teve mais fotinhas comigo vestida de operária padrão macho pra cacete, teve percussão na panela, teve uma amiga que mostrou os peitos pro penetra, assim, tipo " ah, adorei você, ó meus peitos!" - PAM - e deu uma peitada nele e eu tive muita, muita, muita vergonha alheia. Pedi tantas desculpas pros penetras, coitados, nem faziam idéia de onde caíram. Teve um momento que eu pensei " É..ter que por ordem nisso aqui. Como, meu pai? Não vi solução, sentei na cozinha e fiquei olhando aquele mundo de gente junta, a zueira que fazíamos em plena semana e pensando que meus novosd vizinhos estão com uma péssima imagem de mim. agora ferrou de vez. Já não sou muito de varrer calçada - uma obsessão da rua - e agora, depois disso, sou uma surcursal do Candido Ferreira, Hospital Psiquátrico da região.
Cada amigo que eu tenho, gente. Cada peça.
Ou seja, foi uma festa realmente ótima.
Quatro da manhã estava eu arrumando a casa e tendo uma super conversa séria, de trabalho.
Cinco da manhã eu estava pegando no sono.
Dez da manhã teve um telefonema para falar de trabalho. Pensaram que eu fosse o "meu marido", de tão rouca que estava a minha voz.
As onze eu to aqui, rindo sozinha lembrando das coisas e pensando seriamente que eu sou absolutamente normal. Por isso que tenho esses amigos. Eles me mostram que EU sou normal.
Afe...valeu a noite perdida...

2 comentários:

Marina F. disse...

ô minha querida. Peninha que não pude estar aí. Mas adorei o relato, ótemo.
beijão.

Gui Dante Benevides disse...

Tudo bem que nem me avisaram né... buááááá
Acho que tem alguma coisa a ver com a noite na C. de S.J.
Quero conversar!
E hoje quem tá precisando de massagem sou eu!

Há: braços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda!