sábado, 14 de março de 2009

Não to a fim de escrever as coisas que eu vejo por aí.
Me irritam.
Tô meio de saco cheio.
É...eu de saco cheio fico meio incisiva demais, um tanto cheia de certezas absolutas que nascem dos susurros de minha frustação e raiva. Depois passa, eu sei.
Meu senso de humor ajuda, amacia as coisas, mas mesmo assim...tô me irritando, tô realmente me irritando.
O que acontece, meu pai do céu? Me diga! Me faça entender!
Aí eu ainda tenho que ouvir que eu daria uma ótima sapa e que se eu resolvesse abrir minha mente ( ?), tudo se resolveria. Uma simplicidade irritante. Até parece que é assim. Não é assim, poxa. Eu não gosto de mulheres para a lascívia, para o amor, para casar, para andar de mão dada, para dar beijinho, para nada disso. Minha mente pode ser estreita, eu posso ser careta, posso ser limitada e o escambau, mas, infelizmente, eu gosto mesmo é dessa raça obtusa, abestalhada, perdida e confusa que é são os homens. Uai, gente. Não se escolhe ser hetero. Se é.
Sim, sim, sim. Eu, tão moderninha, tão liberal, não sou cogito, não penso e não to a fim de encarar uma xereca e tudo que vem junto com ela. Sim, eu daria uma ótima sapa. Toco até MPB, violão, falo grosso, bato forte, mas não existe falsa magra? Pois bem, eu sou uma falsa gay. Pareço, mas não sou.
Como se as mulheres fossem assim tão equilibradas e maravilhosas. Vá namorar uma!Vá morar com uma! É a minha visão de inferno! Aquele sobe e desce de hormônio, aquele mundo aquático de emoção, intuição e paranóia, tudo junto, um tsunami de feminilidade. Chatas! Chatas pra caralho!Cruzes. Passo e agradeço. Prefiro ficar com elas como amigas. Deu no saco, saio e fecho a porta.
Tem horas que não aguento as minhas amigas. Canso delas. Canso de tanto falarmos dos homens podres por aí, canso do papo de mulher, canso da sua lógica louca, canso dos sobe e desce, canso do "ai eu quero, mas nã sei". Canso da síndrome da princesa encantada. Canso da máxima que já foi até verdade no passado mas hoje caiu por terra: com uma periquita se pode conquistar o mundo! Todo poder à xereca!
Tá bom. Vai nessa...o que se mais tem no mundo é perereca saltitante, minha filha. Não recheie a sua piriquita com uma boa dose de auto-conhecimento, auto-estima, informação, cultura e auto-suficiência que você va ver o que é bom pra tosse.

Quando me dá esse ataque de irritação, eu corro, procuro um amigo homem, desses bem homem mesmo, e fico ali com eles. Falando de outras coisas, pensando de outra forma, fazendo piada escrota, sacaneando uns aos outros na doce superficialidade masculina, rindo das coisas. Os homens me relaxam, de várias formas. São mais simplezinhos.
Não tem jeito. Gosto dos homens. Fazer o quê?

4 comentários:

Claudia Lyra disse...

Parece que já foi dito por alguma personagem de seriado de TV: mulher com mulher é muita falação e pouca felação.
Sei que não se pode generalizar, mas, sinceramente, acho que eu também não aguentaria ninguém com "sexto sentido", "sensibilidade à flor da pele" e "instinto materno" pra trepar, não...
De qualquer forma, uma coisa é certa: do mesmo jeito que não se pode obrigar um homossexual a virar hetero, também não se pode obrigar um hetero a ser homo, não é?

figbatera disse...

Muito bem, Tatiana!
Que coisa feia, esta, de ficarem questionando (?) sua sexualidade...

Tatiana disse...

Cláudia,

Nem tento.

Tatiana disse...

Fig,
Na verdade, meu caro, a coisa é ainda bem pior do que parece.
Nem te conto.