sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Felicidade

Acredito realmente que todo mundo tem o direito divino à felicidade. Seja pobre, rico, saudável ou doente. Todo mundo tem a felicidade ali, à mão.
Mas a felicidade não é um pacote que você pode receber em casa, enrolado em fita vermelha, assim, como se fosse um presente que a gente ganha da vida, sem fazer esforço, sem pedir.
Não é assim não. A felicidade cobra o preço de " pensar" sobre nossa própria vida, perceber o que mudou dentro e fora da gente, reavaliar nossas necessidades, nossos desejos. A felicidade cobra o preço da sinceridade mais absoluta sobre quem somos e o que queremos. E isso não é coisa fácil. Muitas vezes esse momento de avaliação pode ser muito dolorido, especialmente se quando avaliamos tudo, percebemos que nos perdemos no meio do caminho. Trabalho mais ou menos. Relacionamento mais ou menos. Felicidade chocha. A vida sendo empurrada com a barriga. Não é que esteja infeliz, mas é uma coisa sem sal, sem grandes arroubos, sem grandes sonhos, sem grandes riscos. Fazendo aquilo que todo mundo faz ou espera que façamos. Seguindo um roteiro meio que óbvio, seguindo aquilo que esperam de nós.
Me diga o que você quer fazer de sua vida! Isso, me diga agora. O que você precisa pra ser feliz?
Tua vida não é ideal, té certo, mas o que seria o ideal? Pode ser maluquice, extravagância, doideira, sonho de adolescente, não importa! Me diga o que você precisa pra ser feliz.
Agora pense o que não te deixa mais feliz. Seu trabalho te realiza? Teu relacionamento está de que jeito? Teu papel na família? Tuas amizades? Você anda realizando seus sonhos? Tenta , pelo menos, fazer que eles aconteçam?
Use da memória emocional e pense naquela situação que você se sentiu cheio de uma felicidade imensa e serena. Ou uma felicidade exuberante e eufórica, não importa. Mas pense naquela situação em que você pensou " Caceta, que do caralho estar aqui! Quero isso pra mim!".
Tenho pensado muito sobre essas questões. E olhe que eu não sou depressiva, não sou triste com a minha vida, naõ tenho doenças, não sofro de abissais tristezas. Meu trabalho é sobre um dom que Deus me deu e isso me realiza e me encanta. Meus filhos são do caralho. Já amei e fui amada. Casei e separei. Não rasgo dinheiro nem como coco. Ou seja, ta tudo em ordem.
Mas eu acredito reamente que não posso deixar a vida ir me levando sem que eu pare muitas vezes durante o percurso e reflita se é daquele jeito mesmo que eu quero que ela siga.
Parar e pensar. Parar e ouvir o meu coração Parar e sentir mesmo o que passa dentro de mim.
Não quero levar uma vida assim, empurrada, engolida. Meus desejos e anseios também se transformam, são vivos e inquietos.
O tempo passa rápido e eu nã quero perder o bonde que leva à mim mesma.
Bicho, eu sou absolutamente fascinante pra mim mesma. Não posso esquecer disso.
É o preço da minha felicidade.

2 comentários:

N. Calimeris disse...

Outro dia, eu perguntava lá no café o que era felicidade e você me respondeu... obrigada! Mesmo.

Danny Reis disse...

Tati, felicidade é um monte de coisas. Preciso de algumas coisas pra ser feliz. Mas uma delas é cantar. É meu grande sonho. Um dia ainda vou viver (e bem) disso!
Sua pergunta é bem complexa. Mas sei que me sinto feliz, porque minha felicidade eu busco dentro de mim.
Mas é importante de vez em quando parar e refletir. Seja pra seguir fazendo o que se está fazendo, seja pra buscar novos caminhos.
Enfim, queria que você visitasse meu novo blog. O cantinho é modesto, já vou avisando. Não repare! hehehehe...
www.sinto-logoexisto.blogger.com.br.
Um beijão!