quinta-feira, 13 de março de 2008

Amado meu,
A chuva que cai e limpa os ares.
Nublado são os dia e as noites que prosseguem mesmo quando inúteis, desoladamente abandonadas por nós, por mim.
Meus braços vasculham os cantos da cama e nada acham.
Uma calma lânguida me acompanha nesses nublados e úmidos dias e por onde vou, se é que vou, pousa sobre mim certezas tão claras, como o sol que sempre brilha por sobre as nuvens. Certezas que invadem o futuro, que mesclam os caminhos que não sei se caminharei.
O que levo em mim é o que é o certo. Esse fruto verde que cresce em mim e, grávida de certezas absolutas - tão efêmeras essas minhas certezas de mulher - caminho na chuva, molhando a lama fértil do meu coração, pisando no barro mole , deixando meus passos por onde caminho.

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